Justiça decreta prisão preventiva de casal suspeito de morte de filho de 2 meses por desnutrição
04/11/2024
Graciela Dominciano de Souza e José Euripedes Pizzo de Matos Neto passaram por audiência de custódia nesta segunda-feira (4). Bebê morreu no domingo, após dar entrada em Santa Casa de Franca (SP) em estado crítico. Graciela Dominciano de Souza foi presa no domingo (3) suspeita da morte do filho, de 2 meses, por desnutrição
Divulgação
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) converteu para preventivas as prisões em flagrante de Graciela Dominciano de Souza, de 28 anos, e José Euripedes Pizzo de Matos Neto, de 27. O casal, que passou por audiência de custódia nesta segunda-feira (4), é suspeito da morte do filho, Luiz Miguel Dominciano de Matos, de 2 meses.
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O bebê morreu na noite de domingo (3), após dar entrada na Santa Casa de Franca (SP) com sinais de desnutrição.
De acordo com o boletim de ocorrência, ele também apresentava uma queimadura no pescoço que aparentava ter sido causada por bituca de cigarro.
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Na decisão, o juiz justificou a prisão preventiva sob 'risco de comoção social' e 'integridade física do casal' até que os fatos sejam apurados.
À EPTV, afiliada da TV Globo, a advogada do casal disse que entrou com pedido de habeas corpus por ausência de indícios de autoria e materialidade no caso.
Bebê de 2 meses deu entrada na Santa Casa de Franca, SP, no domingo (3) à noite
Reprodução/EPTV
Suspeita de desnutrição
Graciela e José Euripedes foram presos na noite de domingo após a polícia suspeitar que o filho do casal sofria maus tratos.
O bebê deu entrada na Santa Casa com uma parada cardiorrespiratória e estado considerado crítico. Ele tinha dois meses e pesava cerca de 2,5 kg, quase um quilo a menos do que a última vez que esteve no hospital, em outubro.
Além disso, o bebê tinha uma queimadura no pescoço, que parecia causada por bituca de cigarro.
Os médicos que atenderam Luiz Miguel acionaram a polícia e os pais foram encaminhados à delegacia para prestar esclarecimentos.
Em depoimento, Graciela disse que o filho tinha lábio leporino e era alimentado por sonda. Segundo ela, o bebê parecia ter engasgado e, por isso, ela procurou atendimento médico.
A defesa nega que Graciela e Euripedes maltratassem o filho e disse que o bebê passou por atendimento em um hospital em Campinas (SP) e não houve diagnóstico de desnutrição.
Segundo os advogados, Luiz Miguel também sofria de hipotireoidismo e fibrose cística, o que motivava a alimentação por sonda e resultou na perda de peso.
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