Gaeco investiga esquema de corrupção entre secretários municipais e empresários de obras em Ribeirão Corrente
03/04/2024
(Foto: Reprodução) Contratos suspeitos somam R$ 8,9 milhões. Autoridades cumpriram ao menos nove mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (3) pela Operação Apáte. Operação Apáte investiga esquema de corrupção em Ribeirão Corrente (SP)
Divulgação/ Gaeco
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e a Polícia Militar cumpriram nesta quarta-feira (3) nove mandados de busca e apreensão em uma investigação sobre um esquema de corrupção envolvendo secretários municipais e empresários do setor de obras em Ribeirão Corrente (SP), a 120 quilômetros de Ribeirão Preto (SP).
Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp
O g1 perguntou à Prefeitura de Ribeirão Corrente se ela sabia das fraudes, quem são os secretários investigados e se eles serão afastados.
Em nota, a administração municipal informou que, até a última atualização desta reportagem, não havia recebido notificação sobre o teor da investigação e os investigados. Disse, ainda, que "tão logo venha tomar conhecimento informará acerca das medidas administrativas a serem tomadas" e irá colaborar para a elucidação dos fatos.
As diligências foram realizadas no âmbito da Operação Apáte, que apontou uma articulação para beneficiar empresas ligadas direta ou indiretamente a servidores públicos em contratos assinados pela administração municipal que somam R$ 8,9 milhões, bem como o rateio do dinheiro obtido ilegalmente entre os envolvidos, além da participação de "laranjas".
Documentos e arma foram apreendidos durante a Operação Apáte, em Ribeirão Corrente (SP)
Divulgação/ Gaeco
Além dos mandados de busca, a Justiça autorizou o bloqueio de bens dos envolvidos - no valor correspondente aos contratos investigados - para garantir a reparação dos prejuízos aos cofres municipais.
Além de documentos de interesse das investigações, o MP confirmou a apreensão de uma arma durante as diligências. Ninguém havia sido preso até a última atualização desta notícia.
Os servidores e os empresários são investigados por organização criminosa, lavagem de dinheiro, desvio de renda pública e fraudes licitatórias.
Na mitologia grega, "Apáte" representa o espírito que personifica o engano e a fraude.
Os nomes dos secretários e das empresas envolvidas não foram divulgados pelo Gaeco.
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região